Hoje, faz um ano que estou sem você meu amigo cão. Aquele meu amigo que me recebia de cabeça erguida, que me fazia rir, que deitava no meu colo, e que me pedia pra passear. Daquele jeito único que tinha de me pedir carinho. Ai, e tem dia que bate uma saudade. Tem dia que chega a ser inevitável, olhar sua foto e não deixar que se escorra uma lágrima.
Tem gente que pode achar exagero, afinal pra muitos era “só um cachorro”. Mas era o MEU cachorro. O meu AMIGO. O meu primeiro amigo. Viver 13 anos na presença de um cão, que sempre esteve ao seu lado, é aprender a amá-lo. E, depois quando se vai, é uma dor tão grande, que jamais pensei que poderia sentir. Mas eu sei, que graças a ele, eu tive a honra de saber o que é amizade e fidelidade. Se você querem saber, vou contar-lhes como foram seus últimos momentos de vida. Lembro-me da primeira vez que adoeceu. Ah, eu não sabia o que fazer. Ele não conseguia parar em pé, ia de um lado pro outro batendo nas paredes. Eu o abracei, com a intenção de fazê-lo parar. Ele se encostou em mim, e me olhou como se perguntasse: “ o que está acontecendo? Me ajude!” Depois tudo passou, ele ficou bem. Alguns dias depois, ele se deitou e não levantava mais, não comia mais, não bebia mais. Olhava-nos com tristeza. Eu todos os dias, me sentava ao seu lado, e o acariciava. Me lembro da sua força de vontade. O Bingo gostava de passear pela rua, ia todas as manhãs sozinho, e quando voltava, batia sua patinha no portão para entrar. Me lembro, de quando eu abri o portão na esperança de que ele se levantasse. Ele se esforçou, e deu passo após passo. Eu ao lado dele, o segurei e fomos juntos. Nossa, seus olhos brilhavam. Ele caia, mas se levantava. E foi assim até chegar ao portão. Meu guerreiro!
“Só quem tem cães pode entender o amor incondicional que eles oferecem, e a dor imensa quando eles se vão”
(Marley e Eu)
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