sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Acostumada.



Sabe.
Esses dias andei pensando. E hoje uma conversa que não tinha nada a ver comigo, me fez lembrar, de feridas que eu nem lembrava que existiam. Feridas que doem ainda.
Por que será que a gente acostuma a colocar a sujeira debaixo do tapete?
Por que será que não enfrentamos os problemas que nos incomodam de cabeça erguida?
Por que é tão difícil a gente sentar e dizer o que incomoda?
Por que a gente prefere simplesmente, varrer tudo isso pra um canto do coração e seguir vivendo?
A questão é que quando a gente vai acumulando tanta tralha em um armário, uma hora não cabe mais, o armário fica cheio e você é obrigado a limpar. O problema é que quando você vai limpar você se depara com tanta coisa que você nem deveria mais lembrar, muito menos ter guardado. Junta pó, bichos, e fica tudo mais difícil de entender, de colocar cada qual no seu lugar.
Não seria mais propício resolvermos tudo ali na mesma hora? Dizer o que incomoda parar de engolir sapo, de encher o armário, de varrer pra debaixo do tapete, enfim, de ferir o coração?

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